1. CenÁrio macroecoNÔmico


Em 2011 a economia brasileira registrou um ciclo de crescimento em ritmo mais condizente com taxas avaliadas como sustentáveis a longo prazo, que se justifica pela taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acumulada no ano recuando de 7,5% em 2010 para 2,7% em 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda segundo o IBGE, a produção do setor industrial no último trimestre deste ano decresceu tanto em comparação ao igual período de 2010 (-2,0%), quanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (-1,4%). O setor industrial encerrou o ano de 2011 com acréscimo de 0,3%, resultado bem abaixo do registrado em 2010 (10,5%). A moderação no ritmo de crescimento foi perceptível em todos os setores da economia, e resultou, em parte, de ações de política econômica implementadas pelo Governo Federal no final de 2010, potencializadas pela deteriorização do cenário econômico global que se iniciou a partir do terceiro trimestre do ano passado.

De janeiro a dezembro deste ano, a balança comercial brasileira acumulou um superávit de US$ 29,7 bilhões, e apresentou crescimento sobre 2010 (US$ 20,1 bilhões), conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). As exportações apresentaram valor de US$ 256,0 bilhões, registrando crescimento de 26,8% em relação ao mesmo período de 2010. As importações totalizaram US$ 226,2 bilhões, apresentando um crescimento de 24,5% em relação ao igual período do ano anterior.

A taxa básica de juros (Selic) registrou uma trajetória de alta no período de janeiro a julho de 2011 devido ao ritmo acelerado da atividade econômica e inflação acima da meta estipulada pelo governo, manutenção em agosto, e redução de outubro até o final do ano, quando fechou em 11,00% a.a., sem viés (10,75% a.a. em 2010), conforme o Banco Central do Brasil (Bacen). Em 17 e 18 de janeiro deste ano, o Comitê de Política Monetária (COPOM) decidiu novamente reduzir a taxa Selic para 10,50% a.a. sem viés. O Comitê avaliou que a desaceleração da economia brasileira no segundo semestre de 2011 foi maior do que se antecipava e que eventos recentes indicam postergação de uma solução definitiva para a crise financeira europeia, aliado ao fato de que houve recuo em relação à pressão inflacionária.

A inflação medida pela variação mensal do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulada em 2011 ficou em 6,50% (5,91% em 2010), situando-se dentro do intervalo de tolerância estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) pelo oitavo ano consecutivo.

O dólar norte-americano foi cotado a R$ 1,87/US$ no término do quarto trimestre de 2011 (R$ 1,85/US$ no terceiro trimestre, R$ 1,56/US$ no segundo trimestre, e R$ 1,63/US$ no primeiro trimestre), segundo o Bacen. Em 2011, a trajetória das cotações das moedas dólar norte-americano e euro frente à moeda brasileira registrou duas fases distintas. A primeira, de janeiro a agosto, apresentou uma gradativa valorização do Real. A segunda, de setembro a dezembro, registrou acentuada valorização do dólar norte-americano e euro, registrando um período de volatilidade cambial relacionada às incertezas da economia global e ajustes de política monetária no Brasil com a diminuição das taxas de juros. O quadro a seguir apresenta a evolução das taxas de câmbio médias do dólar norte-americano e euro nos trimestres do exercício social findo em 31/12/2011.

 

1.1. Evolução do setor automobilístico brasileiro

O setor automobilístico brasileiro em 2011 registrou novos patamares de fabricação e comercialização de veículos, embora a produção na indústria automobilística tenha apresentado um crescimento de 0,7% em relação ao ano anterior, um pouco abaixo da previsão da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgada há um ano quando previa um crescimento de apenas 1%. Em contrapartida, as vendas totais de veículos cresceram 3,4%, em decorrência do volume de importação, porém excluindo-se as importações, a comercialização de veículos nacionais caiu 2,8% em relação a 2010.

O Brasil conseguiu fechar o ano na posição de quarto maior mercado automobilístico mundial em vendas de veículos após os resultados do mês de dezembro, posição obtida pela primeira vez em 2010. A posição brasileira tornou-se notável, pois ao final do primeiro trimestre o País caíra para a sexta posição no ranking global de vendas de veículos, atrás da Alemanha e Índia.

A retrospectiva do desempenho automobilístico brasileiro pode ser resumida da seguinte forma. O primeiro trimestre de 2011 fechou com recordes de vendas, em decorrência da demanda interna aquecida, manutenção de taxas e prazos atrativos para o financiamento de veículos, promoções e feirões, expansão da renda da população, aliados a baixos índices de desemprego. O segundo trimestre apresentou recorde de produção e vendas em decorrência da boa demanda doméstica, e também porque a base de comparação de 2010 era fraca, em decorrência do término da redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ocorrido na época. Tal período registrou uma maior penetração de veículos importados, que atingiu 22,4% do total de veículos vendidos. O terceiro trimestre apresentou uma desaceleração no ritmo de produção de veículos, em função do desaquecimento de vendas e também em decorrência do estoque elevado de veículos, apesar de apresentar resultado positivo acumulado ao longo do ano.

Neste contexto, visando proteger a indústria brasileira, o governo federal divulgou no início de agosto um plano para a nova política industrial brasileira - Plano Brasil Maior, estabelecendo, para o período de 2011 a 2014, a sua política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior. O plano está focado no estímulo à inovação e à produção nacional para alavancar a competitividade da indústria brasileira. Foram prorrogados por mais 12 meses, a redução da alíquota de IPI sobre bens de capital, material de construção, caminhões e veículos comerciais leves, bem como o PSI - Programa de Sustentação do Investimento - que incluiu novos setores e programas, tais como partes e componentes e ônibus híbridos, além de linha para inovação da produção. Os incentivos, que venceriam em 31 de dezembro deste ano, vigorarão até o fim de 2012. O Plano Brasil Maior também dispôs sobre uma compensação às companhias no montante de até 3% da receita advinda com as exportações com o programa Reintegra.

Adicionalmente, inserido no mesmo âmbito de evitar o avanço das vendas de veículos importados, em 15 de setembro de 2011 o governo federal divulgou um decreto que aumentou em 30 pontos percentuais (p.p.) a alíquota do IPI para veículos que não tenham 65% de índice de nacionalização, atingindo principalmente os veículos importados de países asiáticos, como China e Coréia do Sul, com os quais o Brasil não possui Acordo Comercial.

Conforme o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores - Proconve (P), instituído pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente - IBAMA, em virtude de os caminhões motorizados com a legislação de emissões P7 (equivalente ao Euro 5) custarem de 8% a 15% mais caros em relação aos motorizados P5 (Euro 3), ocorreu uma antecipação da montagem dos modelos atuais, cuja produção para comercialização no Brasil passou a ser proibida a partir do início desse ano. Os veículos P5 poderão ser comercializados até o final de março.

O quadro a seguir descreve as vendas de veículos nacionais e importados ao mercado interno no quarto trimestre e no exercício social 2011.

Nota-se que 2010 registrou um primeiro semestre mais calmo e um segundo semeste mais acelerado, em contrapartida a 2011 em que as vendas estão bem mais uniformes. As vendas totais do quarto trimestre de 2011 representaram um aumento de 0,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O mês de dezembro foi o melhor mês de vendas da indústria automobilística em 2011 e apresentou um incremento de vendas de 8,4% em relação a novembro, porém 8,7% abaixo do recorde histórico da indústria, de dezembro do ano anterior. Com a recuperação das vendas de outubro para novembro os níveis de estoques caíram de 40 para 35 dias, e encerraram o ano capazes de suprir 30 dias de vendas, com 347,3 mil veículos.

O desempenho de vendas do segmento de caminhões alcançou novo patamar histórico em 2011, ao superar em 9,6% o volume comercializado no ano anterior, representado por 172,9 mil unidades emplacadas. Tal resultado, no entanto, ficou abaixo das projeções de alguns fabricantes, que estimavam vendas de até 177 mil unidades no ano, indício de que uma provável antecipação de compras motivada pela mudança de tecnologia de motores para Euro 5 não se concretizou da forma esperada. O acréscimo no desempenho das vendas está associado à relativa estabilidade da econômica brasileira, ao recorde na safra agrícola, ao Programa de Sustentação dos Investimentos - PSI, bem como às condições favoráveis em relação aos preços dos veículos comerciais, que tiveram um aumento com a mudança da legislação de emissões.

O segmento de ônibus também registrou recorde de vendas e alcançou 34,7 mil unidades, representando um crescimento de 22% em relação ao ano anterior.

Exportação de veículos montados

As vendas de veículos montados ao mercado externo registraram crescimento, tanto no quarto trimestre como no exercício social 2011. As exportações de veículos concentram-se basicamente em veículos leves (automóveis e comerciais leves) que representaram 93,7% das exportações totais de veículos montados em 2011. O segmento de caminhões, embora represente uma fatia de 4,9% das vendas, apresentou um aumento de 24,1% em relação ao ano anterior.

Exportação de veículos montados

A receita de exportação totalizou US$ 15,5 bilhões, e registrou crescimento de 20% em relação ao ano anterior. O crescimento foi superior às expectativas da Anfavea, que projetava inicialmente faturar US$ 15,2 bilhões com as vendas de veículos, peças e serviços automotivos no mercado externo. A mudança de mix dos produtos exportados, a recuperação de preços e o aumento das exportações de peças para reposição nos mercados internacionais explicam o crescimento superior do faturamento.

Importação de veículos

A importação de veículos no quarto trimestre de 2011 totalizou 247,9 mil unidades, registrando um crescimento de 12,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O segmento de veículos leves representou 99,5% do total de veículos importados (veículos leves, caminhões e ônibus) em 2011.

Balança comercial brasileira de veículos

O déficit da balança comercial do setor quase dobrou no último ano, principalmente devido ao aumento das importações provenientes da Ásia. O quadro a seguir descreve a balança comercial brasileira de veículos por região geográfica e país.

Produção de veículos

O principal impacto positivo na produção de veículos foi proveniente do segmento de veículos pesados (caminhões e ônibus), que apresentou um crescimento expressivo de vendas no mercado interno.

A produção de veículos ao longo de 2011 apresentou uma trajetória ascendente até o terceiro trimestre do ano. O nível de produção mais baixo no quarto trimestre refletiu basicamente o ajuste de estoques nos pátios das montadoras e concessionárias, principalmente no segmento de veículos leves, que após atingir 40 dias em outubro, foi reduzido a 35 dias em novembro, fechando o ano com um estoque equivalente a 30 dias. Outro fator não menos importante relacionado à produção de veículos no quarto trimestre está relacionado ao nível crescente de vendas de veículos importados.

Vendas e Produção de máquinas agrícolas

As vendas e produção ao mercado interno de máquinas agrícolas em 2011 foram de 65,3 mil e 81,8 mil unidades, respectivamente, e tiveram queda de 4,7% e de 7,9%, respectivamente. Nas exportações, o quadro também é desfavorável e apresentou uma queda de 4,2% em relação a 2010. Essa retração é resultado da diminuição dos efeitos da política oficial de incentivo à agricultura familiar, como o programa Mais Alimentos.

1.2. Evolução do setor automobilístico argentino

O setor automobilístico argentino em 2011 também registrou recordes de produção e vendas, de acordo com números divulgados pela Adefa, Associação dos Fabricantes de Veículos Locais. Devido ao fato de que a Argentina importa do Brasil grande parte dos motores à combustão interna, os fabricantes de peças para componentes de motores no Brasil também se beneficiam desse crescimento. As vendas avançaram 26,5% com relação ao ano anterior, para 883,4 mil unidades, e a produção superou em 15,7% o recorde de 2010, com 828,8 mil autoveículos.

O mercado automobilístico brasileiro colaborou com o bom desempenho da produção argentina. Aproximadamente 75% dos 506,7 mil veículos exportados pelas fábricas argentinas em 2011 tiveram como destino as redes de concessionárias brasileiras. O segundo maior cliente, a Europa, representou 8,4%. No total as vendas externas de veículos produzidos na Argentina cresceram 13,1% no ano passado.

2. ExcelÊncia e InovaÇÃo TecnolÓgica


Em 2011 o Centro Tecnológico de Jundiaí, SP, aprofundou-se no desenvolvimento de componentes de alto desempenho para motores avançados. Novos procedimentos laboratoriais foram implementados para as medições das melhorias obtidas com soluções de baixo atrito, visando redução de consumo de combustível e emissões de CO2. Foram desenvolvidos novos anéis de baixo atrito, camisas de rugosidade reduzida e novos pistões, totalizando o lançamento de 10 novos produtos que já conquistaram negócios importantes para a Companhia. Houve também o lançamento de nova linha de filtros do combustível ecológicos que aumentam a vida do produto reduzindo custos de manutenção e o impacto ambiental. A MAHLE Powertrain registrou crescimento em seus resultados operacionais, conseguindo ampliar a sua atuação na área de serviços de engenharia. Os processos ligados às estratégias de inovação foram revisados buscando maior efetividade na captura de idéias e seu tratamento até a sua eventual incorporação nas carteiras de projetos.

Os laboratórios de motores e calibração e instrumentação, após processo de auditoria do INMETRO, obtiveram a verificação de conformidade (acreditação) da competência de Ensaio de Emissões Gasosas e Calibração de instrumentos, conforme a norma ABNT ISO/IEC 17025 (Requisitos Gerais para Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração).

No campo de Recursos Humanos reforçaram-se ações de desenvolvimento dos colaboradores, com ênfase em treinamentos ligados às competências e novas técnicas. Foram feitas aproximações bem sucedidas para desenvolvimento de pesquisas em parceria com instituições de ensino e institutos de pesquisa, inclusive com a obtenção de financiamentos governamentais para alguns projetos.

Em 2011 o Centro Tecnológico aplicou 23 novos pedidos de patente e obteve 7 novas concessões mundiais.

3. Desempenho econÔmico e financeiro da Companhia


Em 2011 o desempenho da Companhia foi principalmente decorrente da reorganização societária, com a aquisição da MAHLE Participações Ltda. (unidade de anéis de pistão), ocorrida em novembro de 2010, que ampliou a linha de produtos até então existente, e reforçou ainda mais o posicionamento da Companhia em seus mercados de atuação. A sinergia decorrente dessa reorganização resultou ao longo de todos os trimestres de 2011 um incremento expressivo nos principais indicadores que medem o desempenho operacional e financeiro da Companhia, seja em termos de faturamento, margens de lucratividade (bruta, operacional, líquida, EBITDA), ou ainda, na geração de caixa de suas atividades operacionais.

No mercado externo, apesar do nível de incerteza sobre a evolução econômica, a recuperação das vendas nos principais mercados de atuação segue sua trajetória positiva, e contribuiu para o crescimento das vendas da Companhia.

No último trimestre de 2011 houve um recuo da produção, consequência do ajuste de estoques nas montadoras, impactando de modo considerável o faturamento da Companhia, influenciando em seu desempenho operacional. E também é consequência do ritmo de crescimento moderado da economia brasileira, em parte como consequência dos efeitos das ações de política monetária adotadas pelo Governo Federal, que incorreu numa trajetória de alta na taxa básica de juros Selic, que teve início desde o final de 2010 até agosto de 2011, refletindo no resfriamento da demanda doméstica nos últimos meses do ano, em especial nos setores de bens de consumo duráveis, especialmente automotivo e de autopeças.

3.1. Receita líquida de vendas

O quadro abaixo descreve as variações da receita líquida de vendas de 2011 e em relação ao ano anterior da Companhia, nos mercados interno e externo de equipamento original e aftermarket.

(*) Tendo em vista que o registro contábil da aquisição da MAHLE Participações Ltda. (segmento de anéis de pistão) ocorreu a partir de novembro de 2010, o ajuste das vendas de 2011 se refere ao período de janeiro a outubro, para manter a mesma base de comparação.

Em 2011, a receita líquida de vendas da Companhia apresentou um aumento de 22,7% em relação ao exercício anterior. Desconsiderando a receita de vendas advinda do segmento de anéis de pistão de janeiro a outubro de 2011, o aumento teria sido de 7,2%. Esse desempenho favorável é decorrente, principalmente, da recuperação das vendas nos mercados de exportação.

Vendas ao mercado interno de equipamento original

As vendas de equipamento original ao mercado interno apresentaram um crescimento de 14,5% em relação a 2010, em função dos negócios de segmento de anéis da MAHLE Participações. Desconsiderando a receita de vendas advinda do segmento adquirido, esse mercado teria apresentado um aumento de 3,6%, principalmente em decorrência do desempenho das vendas totais de veículos no mercado interno, da relativa estabilidade econômica, bem como aos segmentos de veículos pesados, caminhões e ônibus.

No último trimestre de 2011, esse mercado sofreu uma queda dos níveis de produção e fornecimento para o setor automobilístico, em decorrência da adequação nos níveis de estoque de veículos, considerando um estoque que estava em 36 dias em setembro, atingiu 40 dias em outubro, e terminou o ano com 30 dias.

Vendas ao mercado interno de Aftermarket

O mercado interno de peças para reposição apresentou uma trajetória de alta ao longo dos primeiros nove meses do ano, e um desaquecimento no último trimestre, encerrando o exercício de 2011 com um crescimento de 16,1% em relação a 2010.

Desconsiderando a receita de vendas advinda do segmento adquirido, esse mercado teria apresentado um aumento de 5,2%, em decorrência dos investimentos em infraestrutura, bem como dos serviços de manutenção da frota de veículos pesados, em virtude da maior frota em circulação.

Vendas ao mercado externo de equipamento original

As vendas de equipamento original ao mercado externo apresentaram um aumento de 37,1% em relação a 2010. Desconsiderando o segmento de anéis de pistão, o aumento teria sido de 17,7%. Esse resultado foi consequência da recuperação gradativa do setor automobilístico internacional nos mercados de atuação da Companhia, especialmente Estados Unidos da América (EUA), bem como de revisões de preços em contratos de fornecimento.

Vendas ao mercado externo de Aftermarket

As vendas ao mercado externo de aftermarket tiveram um crescimento em 2011 em relação ao ano anterior, conforme demonstrado no quadro acima, basicamente em decorrência da aquisição da MAHLE Participações (segmento de anéis de pistão). Desconsiderando a receita de vendas advinda do segmento adquirido, esse mercado teria apresentado uma queda de 17,9%, principalmente em decorrência da redução de vendas, exceto América Latina, em função de aumentos de preços praticados para recuperação de margem.

Exportação consolidada por região geográfica

A exportação consolidada em 2011 totalizou R$ 825,7 milhões, representando um aumento de 38,2% em relação aos R$ 597,4 milhões obtidos em 2010. O resultado positivo nas exportações se deve à integração do negócio de segmento de anéis de pistão da MAHLE Participações à Companhia, bem como da recuperação gradativa apresentada na América Central e do Norte, especialmente Estados Unidos da América (EUA), México e Canadá, porém em ritmo ainda lento e sem indicações de sustentabilidade.

O gráfico a seguir mostra para 2011 a distribuição das vendas por região geográfica.

Receita operacional líquida por produto

O gráfico a seguir mostra a participação das vendas totais por produto em 2011.


3.2. Síntese das demonstrações de resultados

(*) As transações comerciais entre a MAHLE Participações e a unidade de aftermarket da Companhia, que até outubro de 2010 eram reconhecidas no resultado da MAHLE Participações como receita de vendas, após a aquisição passaram a ser reconhecidas como transferências. Ressalta-se que esse reconhecimento no cálculo do EBITDA representa R$ 76 milhões não tem efeito contábil na apuração do resultado consolidado.

Resultado e margem bruta

A melhora na margem em 2,3 p.p. em 2011 deve-se principalmente à aquisição da MAHLE Participações (unidade de anéis de pistão) que contribuiu com 1,1 p.p. nesta melhoria, além de outros fatores, tais como: desempenho do mercado interno e externo de equipamento original e mercado interno de peças para reposição, que resultou em aumento no volume de vendas; alteração no mix de produtos; bom desempenho do segmento de veículos pesados no ano; revisões de preços em contratos de fornecimento no mercado externo de equipamento original; bem como ao contínuo controle de custos. No último trimestre do ano, a redução de produção na indústria automobilística e as férias coletivas mais prolongadas do que inicialmente estimadas para ajuste de estoques, ocasionaram uma maior capacidade ociosa nas linhas de produção, contribuindo para uma diminuição do resultado e da margem bruta.

Despesas com vendas e despesas gerais e administrativas

A participação das despesas com vendas em relação à receita líquida de vendas foi de 6,6% em 2011, apresentando uma leve queda de 0,3 p.p. em relação ao ano anterior, em decorrência do aumento no volume de vendas aliado à redução de transportes com fretes especiais.

As despesas gerais e administrativas em relação à receita líquida de vendas registraram um leve crescimento de 0,2 p.p. em 2011 quando comparadas ao ano anterior, passando de 3,5% para 3,7%. Esse aumento deve-se principalmente ao acréscimo das despesas com pessoal e benefícios.

Despesas com desenvolvimento de tecnologia e produtos

As despesas com desenvolvimento de tecnologia e produtos apresentaram um aumento de participação em relação às vendas totais de 0,8 p.p. em 2011, passando de 2,5% para 3,3%. Esse acréscimo é decorrente de maiores investimentos em pesquisa e desenvolvimento, bem como da aquisição da MAHLE Participações (segmento de anéis) com maior nível de participação de despesas com desenvolvimento de seus produtos.

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas

O resultado da conta “outras receitas (despesas) operacionais, líquidas” apresentou despesa líquida de R$ 4,8 milhões em 2011, em comparação à despesa de R$ 49,5 milhões ocorrida no ano anterior. Esse resultado inclui uma provisão para perdas com intangível proveniente das aquisições das controladas MAHLE Argentina (R$ 21,6 milhões) em função de uma redução de resultados futuros provenientes da situação macroeconômica na Argentina, com alta inflação, sem ajuste no câmbio; e da MAHLE Hirschvogel Forjas (R$ 6,7 milhões) decorrente de perda de participação de mercado (“market share).

Por outro lado, houve melhoria na redução de outras despesas operacionais em decorrência principalmente de ganhos e reversões de processos trabalhistas e fiscais, bem como de reversão da provisão para perdas com produtos, conforme demonstrado na nota explicativa nº 33.

Resultado Operacional medido pelo EBITDA

Em 2011 a margem EBITDA apresentou uma melhora de 3,1 p.p. em relação ao ano anterior, indicando um incremento significativo na geração operacional de caixa da Companhia, em decorrência da aquisição da MAHLE Participações (unidade de anéis de pistão) que contribuiu com 1,4 p.p., em conjunto com um aumento no volume de vendas e maior margem bruta, comentados anteriormente.

3.3. Informações financeiras pro-forma

Além das informações descritas anteriormente referentes à aquisição da MAHLE Participações (unidade de anéis de pistão) ocorrida em novembro de 2010, estão descritas a seguir informações financeiras pro-forma, com o objetivo de permitir uma melhor compreensão dos resultados. Essas informações financeiras pro-forma, não auditadas, incorporam no exercício de 2010 os resultados do período de 10 meses da empresa adquirida antes da aquisição.

3.4. Gestão financeira

Resultado financeiro líquido

O resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 8,6 milhões em 2011 deve-se basicamente à variação cambial líquida, em decorrência da variação cambial positiva incidente sobre os ativos ao longo do ano. Os instrumentos de hedge atuaram de modo a diminuir o efeito da sobrevalorização da moeda brasileira que afetava a rentabilidade das exportações até meados do ano. A partir do segundo semestre do ano, com as cotações do dólar norte-americano e euro mais elevadas, tais instrumentos se tornaram menos efetivos.

A variação positiva de R$ 19,2 milhões em 2011 em relação ao ano anterior, deve-se à incorporação da MAHLE Participações que incrementou o volume de aplicações financeiras; à melhora no resultado dos juros líquidos; bem como da atualização monetária dos processos trabalhistas, fiscais e respectivos depósitos judiciais, no montante de R$ 15,4 milhões.

Endividamento

O endividamento líquido em 2011 foi de R$ 350,3 milhões, dos quais 96,8% em moeda local, apresentando um aumento de R$ 28,5 milhões em comparação ao ano anterior.

A geração líquida de caixa da Companhia ao longo do ano proporcionou um aumento no nível de aplicações financeiras, e permitiu a distribuição significativa de dividendos e juros sobre o capital próprio aos acionistas, conforme o item “Remuneração aos Acionistas”, praticamente mantendo-se a estrutura de capital em bases sólidas. O aumento dos financiamentos de curto prazo é em decorrência do início das amortizações em setembro dos programas BNDES-Exim.

As informações detalhadas relativas a Empréstimos e Financiamentos e Disponibilidades, encontram-se, respectivamente, nas notas explicativas de nºs 18 e 8.

3.5. Lucro líquido

O lucro líquido do exercício social 2011 foi de R$ 189,3 milhões, correspondendo a uma margem líquida de 8,4% (R$ 83,7 milhões e 4,6%, respectivamente, em 2010).

A melhoria significativa de resultado e margem líquida em relação ao ano anterior deve-se às atividades operacionais da MAHLE Participações Ltda., a um melhor desempenho operacional, ao crescimento da receita líquida de vendas, ao cenário econômico interno favorável e de uma recuperação gradativa dos mercados internacionais.

Ressalta-se que a base de cálculo para distribuição de dividendos ou juros sobre o capital próprio acumulada em 2011, desconsiderando a depreciação do custo atribuído líquida de impostos diferidos, no montante de R$ 26,8 milhões, e da reserva legal de R$ 9,4 milhões, resulta em montante aproximadamente de R$ 206 milhões.

3.6. Investimentos

Os investimentos no ativo imobilizado no consolidado totalizaram R$ 121,6 milhões em 2011 (R$ 67,2 milhões em 2010) e foram destinados a: novos produtos e processos; racionalização da produção; máquinas e equipamentos; qualidade; construções e tecnologias da informação; intangíveis e outros.

A depreciação total em 2011 foi de R$ 124,2 milhões, e compreende a depreciação normal (R$ 73,6 milhões) e a depreciação do custo atribuído ao ativo imobilizado (R$ 50,6 milhões), relativo ao ajuste para implementação do padrão contábil internacional - IFRS, portanto, em linha com os investimentos para manutenção e expansão da capacidade produtiva.

4. RelaÇÕes com Investidores e Mercado de Capitais


Relações com Investidores

Como parte do programa de aprimoramentos da área de relações com investidores, a Companhia realizou em 10 de novembro de 2011, teleconferência para a divulgação dos resultados do 3T11. A próxima teleconferência será realizada em 14 de março de 2012, para a divulgação dos resultados do exercício social 2011.

Depois da adesão da Companhia ao segmento de listagem denominado Novo Mercado da BM&FBovespa no início de julho de 2011, a Companhia participou de duas Conferências, e está planejando participar de mais duas Conferências e Non-Deal RoadShows em 2012 no exterior e nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

Para consultar o Calendário de Eventos Corporativos de 2012 basta acessar a homepage do site de relações com investidores da Companhia (http://ri.mahle.com.br).

Mercado de Capitais

Em 2011 merece destaque a finalização da reorganização societária no Grupo MAHLE América do Sul. Tal reorganização societária foi concretizada com a oferta pública de ações da Companhia em junho de 2011 e a sua adesão ao segmento de listagem denominado Novo Mercado da BM&FBovespa - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros em 5 de julho de 2011. Com esta migração, a Companhia optou pelo segmento de listagem da Bolsa com as mais avançadas práticas de governança corporativa adotadas no Brasil.

Remuneração aos acionistas

Em 2011 a Companhia distribuiu juros sobre capital próprio e dividendos, no montante bruto de R$ 205,9 milhões, a serem ratificados na próxima Assembleia Geral Ordinária, conforme descrito a seguir:

  • Na Reunião do Conselho de Administração (RCA) de 12/08/2011 foi aprovada a distribuição de juros sobre o capital próprio, no montante bruto de R$ 41,7 milhões, pagos em 15 de dezembro de 2011.
  • Na RCA de 09/12/2011 foi aprovada a distribuição de juros sobre o capital próprio, no montante bruto de R$ 24,6 milhões, e dividendos intermediários antecipados, no montante de R$ 113,4 milhões, pagos em 20 de dezembro de 2011.
  • Na RCA de 29/12/2011 foi aprovada a distribuição de juros sobre o capital próprio, no montante de R$ 6,3 milhões, pagos em 15 de fevereiro de 2012.
  • Na RCA de 06/03/2012 foi aprovada a proposta, a ser submetida à próxima Assembleia Geral Ordinária, para distribuição de dividendos, no montante de R$ 20,0 milhões. A  data de pagamento será definida na Assembleia Geral.

Recompra de ações

Com o objetivo de proporcionar segurança ao pequeno investidor em períodos de volatilidade, sem comprometer a liquidez do investimento em ações da Companhia, na RCA de 14 de outubro de 2011 foi aprovado o programa de recompra de até 1.000.000 de ações de emissão da própria Companhia, representando 8,4% do free float. As ações podem ser adquiridas pela Companhia à preço de mercado, durante o prazo de 365 dias, vigorando a partir da data dessa Reunião e a findar-se em 11 de outubro de 2012. A operação pode ser realizada por meio das corretoras Itaú e Fator. Durante o período de 14 de outubro a 31 de dezembro de 2011, a Companhia não realizou recompra de ações.

Desempenho das ações

Os quadros abaixo apresentam as cotações, o volume médio diário dos negócios e o giro do volume médio em relação a capitalização de mercado do free float, em três períodos: (I) 2011 antes da adesão da Companhia ao segmento Novo mercado (NM) da BM&FBovespa, em 5 de julho de 2011; (II) 2011 depois da referida adesão até a contratação do formador de mercado, em 8 dezembro de 2011; e (III) desta data até 08/03/2012.


Volume médio diário de negócios e Giro em relação ao free-float (2011)

Volume de negócios

Período (R$ milhões) Giro (%)

Perfil dos acionistas

Em 31 de dezembro de 2011, o perfil dos acionistas em relação à quantidade de ações da Companhia era representado da seguinte forma:

 

5. PrÊmios e Destaques


Em 2011 merecem destaque as seguintes premiações recebidas pela Companhia:

Prêmio VW Supply Award - A Volkswagen do Brasil premiou os 18 melhores fornecedores do Brasil e Argentina do ano de 2010. Na ocasião, a Companhia recebeu o prêmio “Desenvolvimento de Qualidade de Campo” relativo a todos os produtos fornecidos. Além deste prêmio, a Companhia também foi indicada como finalista na categoria “Engenharia - Responsabilidade Ambiental”. Este prêmio é de extrema importância, pois demonstra a confiança que a Volkswagen deposita nos produtos MAHLE.

Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente - Com o objetivo de identificar e difundir as melhores práticas em serviços ao cliente no Brasil e reconhecer as empresas que privilegiam a excelência no atendimento, o Grupo Padrão realizou a 12ª edição do Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente, na qual a Companhia foi laureada na categoria autopeças.

Prêmio FIESP de Mérito Ambiental - O Programa MAHLE Mercosul de Produção Mais Limpa (P+L) recebeu o diploma de Menção Honrosa na 17ª edição do Prêmio Fiesp de Mérito Ambiental. Foram inscritos 70 projetos, dos quais 46 chegaram à final. Os critérios de julgamento levaram em conta a otimização do uso dos recursos naturais e os resultados obtidos.

Premiação Melhor Paper Nacional no Congresso SAE Brasil 2011 - A Companha foi premiada com o melhor artigo científico sob o contexto da tecnologia de bi-combustíveis “flex fluel” acerca da reação química do etanol com materiais desenvolvidos somente para veículos a gasolina.

Premiação REI 2011 - Reconhecimento à Excelência e Inovação, promovida pela Automotive Business, na categoria “serviços de engenharia”. O prêmio REI reconhece o desempenho e as realizações de profissionais, empresas e entidades da indústria automobilística em diversas áreas de negócios.

Prêmio Inova 2011 - Empresa com o Melhor Desempenho em Componentes de Motores. Esse prêmio refere-se à segunda edição de um estudo bienal da editora Novo Meio elaborado por profissionais do varejo de autopeças que avaliam o desempenho de marcas, produtos e serviços na indústria do setor.

6. Recursos Humanos


O efetivo de mão-de-obra da Companhia e suas controladas, e controladas em conjunto, que em 30 de junho de 2011, ainda contava com 11.870 colaboradores, terminou o ano com 11.229 colaboradores, representando uma diminuição líquida anual de 90 funcionários em relação a 31 de dezembro de 2010. O aumento no quadro de funcionários no primeiro semestre do ano deve-se principalmente ao acréscimo no volume de produção e vendas, enquanto que na segunda metade do ano houve uma adaptação ao nível de produção mais baixo.

7. Responsabilidade Social


Em 2011 a Companhia trabalhou pela autonomia e independência das pessoas e comunidades com as quais interage, potencializando as competências, inteligências e a empregabilidade dos jovens e fortalecendo a sociedade civil, desenvolvendo a participação cidadã dos indivíduos. A Companhia mantém incentivos para o aprendizado contínuo, onde foram realizadas 288.764 horas de treinamentos, subsídios para cursos de idiomas, formação superior, pós-graduação e apoio educacional aos colaboradores.

Projetos próprios - Escola MAHLE Formare: escola profissionalizante destinada a jovens pertencentes a famílias de baixa renda, desde 2003 já formou 991 jovens, e conta a cada ano com 6 escolas ativas e 126 alunos em desenvolvimento; Difusão do Voluntariado: disseminação da cultura do voluntariado com aproximadamente 403 voluntários que atuam em grupos de trabalho em ações solidárias junto à comunidade.

Projetos incentivados - Dança e Cidadania: programa destinado a 550 crianças pertencentes a famílias de baixa renda das cidades de Campinas e Mogi Guaçu, tem como objetivo principal tirá-las das ruas, desenvolver o gosto pela arte e musicalidade e trabalhar valores de cidadania; Instituto Cultural Ivoti: formação e aperfeiçoamento de professores de educação musical, ministrado à comunidade de Ivoti, no Rio Grande do Sul, e aulas de coral infantil, infanto-juvenil e juvenil; Doutores da Alegria: com a parceria da Companhia, os Doutores da Alegria capacitaram o grupo Cirurgiões da Alegria, tanto na área artística como na área de gestão da organização. Os Cirurgiões da Alegria proporcionam conforto e carinho para as crianças hospitalizadas, humanizando os hospitais de Limeira e Campinas; Viva e Deixe Viver: a Associação Viva e Deixe Viver promove o entretenimento e a informação educacional de crianças internadas em hospitais, transformando essa vivência em um momento mais agradável e alegre através da leitura de histórias. Vinte e nove voluntários da Companhia estão capacitados e atuam como contadores de histórias.

8. Meio Ambiente


Em 2011 a Companhia buscou fomentar o envolvimento de seus colaboradores em diversas campanhas ambientais, tais como: “Energia use com sabedoria”; “Dia Mundial do Meio Ambiente” ; “Dia da Árvore”; “Com que mundo você sonha?”. Uma atividade ambiental sustentável de destaque promovida pela Companhia foi o plantio de árvores. A meta inicial era o plantio de 11.000 novas árvores. A meta foi superada, com a doação e plantio de 12.368 novas árvores. De modo complementar, incentivando a preservação da fauna, a Companhia reafirmou sua parceria com a Associação Mata Ciliar e participa do programa “Adote um Animal”. Esse formato de parceria é muito importante para manter os esforços de conservação de espécies através do estudo dos animais em cativeiro.

Dando continuidade à prática de tecnologia limpa nos processos produtivos, foram implementadas ações que buscam evitar a geração de resíduos por meio do aproveitamento máximo de materiais e insumos utilizados, tendo como referencia o conceito dos 3R’s - Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Como resultado, foram mais 5 casos de sucesso do Programa de Produção mais Limpa (P+L) publicados no site oficial da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), ligada à secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, os quais conjuntamente com os atuais 15 casos, a Companhia continuou a manter seu nome no topo da lista das empresas com mais casos de sucesso publicados. Com isso o programa P+L foi novamente premiado, agora pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) com uma placa de menção honrosa (Prêmio Mérito Ambiental) em reconhecimento aos excelentes resultados obtidos na aplicação do Programa em seus processos produtivos.

Os Casos de Sucessos do Programa de P+L publicados em 2011 foram os seguintes: Reuso de óleo integral de corte; Redução do consumo de água no sistema de fosfatização; Redução do consumo de tinta refratária no processo de centrifugação da fundição; Alteração de processo e eliminação do consumo de GLP; Circuito fechado para limpeza de peças.

O Programa de Produção Mais Limpa é uma iniciativa de desenvolvimento sustentável, pois materializa os princípios básicos da sustentabilidade - pilares ambiental, econômico e social. Pilar Ambiental: Tendo como base os 3R’s, estimula a redução, a reutilização e a reciclagem de materiais e insumos, trabalha diretamente no respeito pela capacidade de suporte da natureza, retirando somente o necessário para o processo produtivo e aproveitando o todo do que foi retirado. Pilar Econômico: Pelo aproveitamento total dos materiais, promove a redução de custos e ganhos econômicos significativos. Pilar Social: Através da geração de empregos, pois para a total conclusão do ciclo dos materiais até a reciclagem, ou disposição, abre portas para novas formas de geração de renda.

9. Auditores Independentes


Em atendimento à Instrução CVM nº 381, a Companhia tem como política não contratar auditores independentes para serviços de consultorias que possam gerar conflito de interesses. Em 2011 os auditores independentes não tiveram nenhum outro contrato de serviços que eventualmente pudesse gerar conflitos de interesses, nos termos dessa instrução.

10. Perspectivas


Cenário macroeconômico

Embora a economia brasileira tenha iniciado 2012 com ritmo de moderação da expansão da demanda doméstica, são favoráveis as perspectivas para a atividade econômica. A expansão moderada da oferta de crédito tende a persistir, a confiança de consumidores encontra-se em níveis elevados, o vigor do mercado de trabalho reflete em taxas de desemprego historicamente baixas e o crescimento dos salários embasam a avaliação. Diante desses fatores, a previsão para o crescimento do PIB em 2012 é de 3,5%, segundo o relatório Focus do Banco Central. A projeção para a taxa de juros (Selic), conforme relatório Focus, é de redução para os próximos meses, devendo atingir 9,50% em 31/12/2012, visando à consolidação de um ambiente macroeconômico favorável e sustentável num horizonte temporal mais longo. Essas projeções estão também associadas aos grandes projetos de infraestrutura e construções que já se encontram em andamento, e que visam atender principalmente a Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016), e de uma série de grandes projetos tais como o programa “Minha Casa, Minha Vida”, Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), entre outros.

A economia mundial continua a enfrentar período de incerteza acima da usual, com deterioração nas perspectivas para a atividade econômica e industrial. Há sinais de perspectiva positiva para os Estados Unidos da América, avanços na governança fiscal europeia e provimento de liquidez pelo Banco Central Europeu, em parte, contrabalançados por sinais de deterioração em algumas economias maduras, indicando perspectiva de não crescimento. Os riscos para a estabilidade financeira global continuam elevados devido, entre outros fatores, a exposição de bancos internacionais às dívidas soberanas de países com desequilíbrios fiscais. Nas economias emergentes, de modo geral, o viés da política monetária é expansionista, apesar da continuada redução nas projeções de crescimento de suas economias.

Setor automobilístico

A Anfavea projetou para 2012 um crescimento de 4% a 5% nas vendas totais ao mercado interno, o que significa um novo recorde de vendas, correspondendo a vendas de 3,77 milhões a 3,81 milhões de veículos, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Segundo a Associação, a atividade do setor automobilístico será mais concentrada no mercado interno, pois segundo suas previsões, as exportações em 2012 devem recuar 5,5% em volume. A estimativa da produção de veículos é de um avanço de 2%, devendo atingir 3,48 milhões de veículos.

A produção de veículos no Brasil deve aumentar sua capacidade atual de 4,3 milhões para 6,3 milhões de unidades por ano até 2015. Essa estimativa toma como base o anúncio de novas fábricas no País, e dos investimentos de ampliação dos parques industriais das montadoras já instaladas, em decorrência das medidas de incentivo criadas recentemente para aumentar o índice de nacionalização dos veículos fabricados no Brasil.

No início de janeiro deste ano, um programa de renovação de frota de veículos voltou à pauta política, com o Projeto de Lei nº 2.513/11, que cria o Programa Nacional de Renovação da Frota de Veículos Automotores, sendo encaminhado para análise pela Câmara dos Deputados. O programa prevê incentivo do poder público para a substituição de veículos com mais de quinze anos de uso, que seriam retirados de circulação para virarem sucata, resultando em melhorias no trânsito, na segurança de motoristas e pedestres, e nos níveis de emissão de gases poluentes e ruídos.

Companhia

Em 2012 a indústria automobilística brasileira indica um crescimento em vendas, porém com uma redução no segmento de veículos pesados. O mercado externo continua a enfrentar período de incerteza, com perspectiva positiva para a região do NAFTA. Tendo em vista este cenário, a Administração da Companhia estima um desempenho em 2012 semelhante ao obtido em 2011, em termos de receita, investimentos e margens. A continuidade dos grandes projetos de infraestrutura, os anúncios de investimentos dos nossos clientes em aumento de capacidades e produção local e às medidas governamentais recentemente anunciadas tendem a proporcionar um bom ambiente de negócios para a Companhia nos próximos anos. A Companhia está preparada para acompanhar esse crescimento, seja em relação ao aumento de sua capacidade produtiva ou em pesquisa e desenvolvimento de alta tecnologia.


Agradecimento

A Administração da Companhia agradece o apoio e a confiança que recebeu de seus acionistas, clientes, fornecedores e colaboradores durante o exercício de 2011.


A Administração





DIRETORIA PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES NOTAS EXPLICATIVAS DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕESDEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS BALANÇOS PATRIMONIAIS RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO